Após leitura do texto base, ver os vídeos e reflexão, pense na sua disciplina de atuação, e responda:
1. Quais são, em sua opinião, os
motivos de se trabalhar com a temática da Diversidade Étnico Racial na
escola?
2. Quais problemáticas e situações vivenciamos no dia a dia de
nossa escola sobre essa temática? Qual é a nossa realidade a respeito
desse tema?
3.
Quais temas
ou assuntos podem ser estudados pelos alunos, durante o processo anual,
previstos na Proposta Pedagógica sobre Diversidade Étnico Racial?
4. Quais ações podem acontecer para desenvolver os temas durante o ano letivo?
5. Como o professor pode verificar a participação e o envolvimento do estudante no estudos dos temas?
Ao postar seu comentário, vá numerando suas respostas, de acordo com o número da pergunta.
O conjunto de respostas se tronará nosso Plano de Ação da Diversidade Étnico Racial.
Os Ciganos são chamados de "povos das estrelas" e apareceram há mais de 3.000 anos, ao Norte da Índia, na região de Gujaratna localizada margem direita do Rio Send.
No primeiro milênio d.C., deixaram o país e se dividiram em dois ramos: o Pechen que atingiu a Europa através da Grécia; e o Beni que chegou até a Síria, o Egito e a Palestina.
Porém, segundo a Tradição os ciganos vieram do interior da Terra e esperam que um dia possam regressar ao seu lugar de origem.
O grande lema do Povo Cigano é: "O Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião", traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cerceadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas.
Em sua maioria, os ciganos são artistas (de muitas artes, inclusive a circense); e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas.
Levam uma vida muito simples: consertando panelas, vendendo cavalos, fazendo artesanato (principalmente em cobre - o metal nobre desse povo), lendo as cartas do Tarot e a "buena dicha" (a boa sorte).
Na verdade cigano que se preza, lê os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos (para sentirem o nível de vibração energética) e só então é que interpretam as linhas das mãos.
A prática da Quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino.
O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.
O Povo Cigano é também uma raça sofrida, discriminada, excluída do contexto sócio-político-econômico (mas nem por isso alienada).
Essa raça perseguida por muitas "inquisições", levada aos campos de concentração e aos fornos crematórios da Alemanha Nazista (tanto quanto o povo judeu) continua existindo apesar de todas as expoliações e distorções.
Desprovida de meios adequados de sobrevivência, descaracterizada pela modernidade de um falso intelectualismo proletário/urbano essa raça também está à caminho da própria extinção, mas estamos aqui exatamente para resgatar o que restam de sua memória cultural e artística, usos e costumes, simbolismo e tradição.
Diálogo das religiões – O vídeo das religiões afro –
Direito de resposta, é um programa feito contra ataques sofridos pela TV Record.
Não se pode
usar a TV, concessão pública, para incentivar o preconceito religioso.
A
Record, a serviço da Universal, viu-se obrigada pela justiça a
apresentar o seguinte programa como direito de resposta por suas
afirmações difamatórias contra as religiões afro-brasileiras.
As
virtudes de uma pessoa não tem nenhuma relação com suas crenças.
Acreditar em Deus não significa ser santo, e não-acreditar em Deus não
significa ser um demônio
O Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), o
Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB) e o
Ministério Público Federal foram os autores da ação “contra o enfoque
negativo e discriminatório das religiões afro-brasileiras”.
O vídeo traz
no início a informação que se trata de um direito de resposta concedido
em decorrência dessa ação judicial.
O vídeo foi produzido pela TV PUC e tem quase uma hora de duração.
Participaram da produção também diversos representantes de entidades
afro-brasileiras, católicas, budistas e muçulmanas, além de
profissionais de comunicação e artistas que participaram da gravação.
“Diálogo das Religiões” é o título do vídeo que faz um apelo pela
convivência harmônica entre as diferentes vertentes religiosas do país.
O vídeo "Vista minha pele" é um filme que trata do preconceito que muitos jovens passam na adolescência de um jeito bem diferente e criativo.
É um curta-metragem de Joel Zito Araújo, constituindo-se num excelente
instrumento pedagógico para discutir a questão racial e outras formas de
preconceito em nossas salas de aula.
O filme é uma divertida paródia da
realidade brasileira.
Numa inversão da história, os negros são a classe
dominante e os brancos, os escravos.
Os países pobres são Alemanha e
Inglaterra, enquanto entre os ricos encontram-se a África do Sul e
Moçambique.
No enredo, Maria é uma menina
branca e pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa de
estudo recebida pelo fato de sua mãe ser faxineira na escola. É
hostilizada pela maioria das colegas por sua cor e por sua condição
social.
A exceção é sua amiga Luana, filha de um diplomata que por ter
morado em países pobres possui uma visão abrangente da realidade.
Maria quer ser a “Miss Festa
Junina” da escola, mas isso requer um esforço enorme, que passa pela
superação do padrão de beleza imposto pela mídia, no qual o negro é
valorizado, à resistência de seus pais, à aversão dos colegas e à
dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria
pobres.
Maria e Luana se envolvem numa
série de aventuras para alcançar seus objetivos.
O centro da história
não é o concurso, mas a disposição de Maria para enfrentar a situação.
Ao final ela descobre que quanto mais confia em si mesma mais capacidade
terá de convencer outros de sua chance de vencer.
A estigmatizaçao que tem no filme, mesmo sendo passada em um mundo totalmente fictício, mostra que a parte da população que estigmatiza também poderia passar por essa grande desigualdade, afinal, somos todos iguais.
As questões raciais que são relatadas, nos permitem pensar sobre nossa própria realidade, nossa vida e como tratamos os outros sem pensarmos apenas em nós mesmos.
Maria é uma estrangeira, pois mesmo tentando ser uma garota normal, que faz parte de um grupo, ela não é aceita pelo restante, por causa da sua pele, seu jeito de ser, entre outras coisas.
Este é um sugerido pela professora Salvina (Sociologia).
Na história, Raimundo é um dono de casa, grávido, que vive oprimido por sua
mulher.
Ela trabalha fora enquanto ele toma conta das
crianças e da casa.
Numa situação inversa, reproduz a relação machista
comum entre as famílias de trabalhadores brasileiros.
Baseando-se na
rádionovela de José Ignácio Lopez Vigil, o vídeo mostra a mulher
chegando em casa tarde, depois de tomar umas cervejas com amigas de
trabalho.
Enfatiza a dificuldade do dono de casa para conseguir com a
mulher uns trocados para o mercado e para as necessidades das crianças.
O filme apresenta a realidade cotidiana de forma
invertida entre os sexos.
Para os homens, essa situação é apresentada
como um verdadeiro pesadelo.
Um pesadelo do qual homens e mulheres devem
acordar.
Interessante perceber que, por meio deste vídeo, os alunos poderão debater sobre a construção da
masculinidade, os papéis de gênero e a validação social do ser homem; os
direitos da mulher; os direitos universais humanos; a violência de
gênero contra as mulheres, bem como ampliar conhecimentos a cerca das
questões de gênero e favorecer conscientização para equidade entre os
gêneros.