Eu Não Quero Voltar Sozinho é um filme brasileiro de curta metragem dirigido por Daniel Ribeiro, de 2010.
No curta, Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente deficiente visual muda de vida totalmente com a chegada de Gabriel (Fabio Audi), um novo aluno em sua escola.
Ao mesmo tempo que tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana (Tess Amorim), Leonardo vive a inocência da descoberta do amor entre dois adolescentes gays.
É um filme de rara delicadeza, extremamente sensível, realizado com competência técnica e cuidado artístico inquestionáveis.
Desde 2010, o filme vem sendo exibido e fartamente premiado em festivais e mostras de cinema no Brasil e no exterior.
Desde 2010, o filme vem sendo exibido e fartamente premiado em festivais e mostras de cinema no Brasil e no exterior.
Como prova de sua qualidade e de seu cuidado ao lidar com dois temas
ainda tabu - homossexualidade na adolescência e deficiência visual -, o
filme foi incluído no programa Cine Educação, em parceria com a Mostra
Latino-Americana de Cinema e Direitos Humanos.
Uma professora no estado do Acre escolheu "Eu Não Quero Voltar Sozinho" e
o exibiu a seus alunos.
Alunos que
viram o filme, demonstrando ignorância, falta de informação ou pura
homofobia, "confundiram" o curta com o famoso kit anti-homofobia e levaram o caso para os líderes religiosos
da região.
Estes não perderam tempo e acionaram os políticos locais.
Resultado: o projeto Cine Educação foi proibido como um todo no estado
do Acre.
Mais do que a aceitação e a tolerância daquele ou daquela que é considerado "diferente" o maior desafio é assumir que nenhuma forma de sexualidade é natural ou espontânea, mas que, em vez disso, todas as formas de viver a sexualidade são produzidas, ensinadas e "fabricadas" ao longo da vida, através de muitas pedagogias escolares, familiares, culturais; através de muitas instâncias e práticas...(FOUCAULT, 1993)
ResponderExcluir"Eu Não Quero Voltar Sozinho" é uma história bonita e sensível envolvendo a temática gay.
ResponderExcluirÉ um curta metragem bastante coeso. Tudo acontece de modo muito bem feito pelo diretor.
A maior qualidade desse maravilhoso curta é a sutileza.
O amor (independente de ser de um garoto por outro garoto) é tratado da forma mais certeira possível: puro sem parecer inocente demais e verdadeiro sem apelar para maiores invenções.
Tudo é verossímil, o que deixa a sensação de que aquela história que está se desenvolvendo é universal.
Este é um filme sobre descobertas: descobertas na vida, no amor, na homossexualidade, no companheirismo…
E isso sim deve ser tema para investigar, analisar e sensibilizar.